AVC: como prevenir uma doença que afeta três portugueses por hora
O que é um AVC?
Um AVC resulta da lesão das células cerebrais, que morrem ou deixam de funcionar normalmente, pela ausência de oxigénio e de nutrientes na sequência de um bloqueio do fluxo de sangue (AVC isquémico) ou porque são inundadas pelo sangue a partir de uma artéria que se rompe (AVC hemorrágico).
Os AVC’s isquémicos correspondem a cerca de 4/5 do total.
As células do cérebro morrem pouco tempo depois da ocorrência do AVC. Contudo, estas podem durar algumas horas se o fluxo de sangue não estiver completamente interrompido. Por essa razão, é fundamental agir rapidamente de modo a minimizar as lesões cerebrais causadas por um AVC.
É comum designar-se o AVC como “trombose”.
Existe uma outra forma de AVC de duração mais reduzida, inferior a 24 horas, que se designa por acidente isquémico transitório (AIT). Nestes casos, o entupimento da artéria cerebral é meramente transitório e os sintomas podem durar alguns minutos ou horas.
É importante reforçar que, mesmo nestes casos transitórios, é fundamental recorrer ao Hospital, uma vez que um AIT pode ser o primeiro sinal de um AVC com consequências devastadoras. De facto, uma em cada cinco pessoas que apresenta um AIT irá sofrer um AVC extenso nos próximos três meses. Nunca se deve ignorar um AIT.
Sinais de AVC
Uma vez que o cérebro controla as funções corporais, os sinais do AVC irão variar em função da área afetada. Por exemplo, se o AVC afetar a área que controla os movimentos do corpo do lado direito, esse lado do corpo irá ficar com a mobilidade reduzida.
Como o cérebro também controla os processos mentais mais complexos, como a comunicação, as emoções, o raciocínio e o pensamento, todas estas funções tenderão a ficar afetadas após um AVC.
Um AVC ocorre de forma súbita, pela oclusão ou pela rotura de uma artéria, e, portanto, os seus efeitos no corpo são imediatos.
Quais são os sintomas de um AVC?
Estes sintomas surgem de um modo quase imediato.
De um modo geral, é simples reconhecer um AVC recorrendo à regra dos 5 F’s. Estes sintomas podem surgir de forma isolada ou em combinação:
Face: a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídos. Estes sinais poderão ser melhor percebidos se a pessoa afetada tentar sorrir.
Força: é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de equilíbrio.
Fala: a fala pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido. Com frequência, a pessoa parece não compreender o que se lhe diz.
Falta de visão súbita: a perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, é um sintoma frequente num AVC, bem como a visão dupla.
Forte dor de cabeça: igualmente, é importante valorizar uma dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa aparente.
Que fazer perante a suspeita de um AVC?
Nestes casos, é essencial ligar imediatamente para o 112, explicando tudo o que se está a passar.
Fonte: tvi24/CUF