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Estávamos a 16 de março de 2020, o país registava já 331 contágios pelo novo coronavírus e a primeira morte, quando fizemos o primeiro transporte de um doente suspeito.

Faz hoje um ano que transportámos o primeiro caso suspeito de SARS-Cov-2 para o Hospital de Cascais e desde esse dia, muitas foram as mudanças que as nossas equipas adotaram.

Os serviços administrativos e desportivos foram obrigados a encerrar por cerca de 5 meses, divididos entre os dois confinamentos obrigatórios. Os espaços desportivos adotaram novas regras, garantindo assim a contenção de qualquer possível cadeia de transmissão e a segurança de colaboradores e sócios. Quase todas as funcionalidades passaram a estar disponíveis online, marcações de aulas, pagamentos, etc. acabando com as filas de espera e com os atendimentos presenciais não essenciais.

As equipas de Emergência Pré-hospitalar estiveram cerca de 3 meses deslocadas no Pavilhão Desportivo de Alcabideche (hoje centro de vacinação), garantido assim a segurança dos restantes Bombeiros que executavam serviços diferenciados e mantinham a sua base no quartel.
As camaratas foram adaptadas, criando espaços mais amplos e maiores, as refeições passaram a ser feitas num refeitório improvisado que garante a distância de segurança entre pessoas, e dos equipamentos de proteção individual passou a fazer parte um fato completo com gorro, óculos, máscara respiratória e luvas.
A Associação adquiriu ainda uma máquina nebulizadora que garante a higienização interior de todos os veículos após a realização de transportes. Foi implementado um reforço da limpeza e desinfeção dos espaços.
Desde janeiro, os nossos colaboradores e bombeiros são testados à COVID19 a cada 15 dias.

No último ano, entre casos suspeito e confirmados de COVID19 realizámos 902 transportes, sendo que destes, 596 foram de Emergência Pré-hospitalar e 306 Transporte Regular de doentes (hemodiálise, testes, altas hospitalares).

Fazendo uma comparação com período homólogo do ano passado, existiu um decréscimo nos serviços de transporte regular de doentes próximo dos 43%, justificado em grande parte por ambos os períodos de confinamento obrigatórios. Os únicos meses que fugiram a esta tendência foram dezembro de 2020 e janeiro de 2021, coincidentes com a fase de crescimento exponencial da doença em território nacional.

Das nossas equipas, 11 bombeiros ficaram infetados com COVID19, sendo que neste momento se encontram todos recuperados e bem de saúde.

Temos já 58 profissionais e voluntários inoculados, 4 com as duas doses da vacina.

Como qualquer plano de contingência, também o nosso tem vindo a sofrer adaptações ao longo do tempo, e hoje, mais uma vez preparamo-nos para o readaptar novamente à fase de desconfinamento anunciada no passado dia 11 de março, acreditando que nos encontramos já na reta final e para a qual contamos mais uma vez com a sua colaboração, respeitando as medidas de proteção individual.

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